Na gôndola do açougue se encerra um processo de alta, desencadeado a partir do comportamento das etapas anteriores da cadeia produtiva da carne bovina.
A
capacidade de reposição de bezerro piora, os custos na produção pecuária aumentam e os frigoríficos reduzem os abates. O resultado dessa equação é a menor oferta, que pressiona uma inflação no varejo, que chega a 10,71% em apenas um mês e a 38% no acumulado de um ano. A boa notícia é a tendência de estabilização ou, até mesmo, de deflação nos valores, em razão do desaquecimento do consumo.
Em janeiro, o campo-grandense pagava a média de R$ 21,38 pelo quilo da alcatra e, neste mês, está desembolsando o
valor médio de R$ 23,67 – majoração de 10,71%. A variação faz parte de levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp.
Outros cortes bovinos também encareceram no mesmo período, apresentando as seguintes variações (veja tabela acima): cupim (9,47%), contra filé (8,8%),
músculo (8,33%), coxão mole (7,8%), patinho (5,24%) e acém (5,09%).
Sazonalmente, a carne bovina fica mais barata no início do ano e alguns cortes deflacionam-se, ainda mais, em fevereiro. No entanto, apenas cinco cortes apresentaram quedas nos valores neste mês em relação ao anterior. Já em fevereiro de 2014 em relação a janeiro do mesmo ano, foram nove as peças que tiveram reduções de preços.
A reportagem, de Osvaldo Júnior, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
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