Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ampliava a queda para mais de 2 por cento e era negociado a 3,70 reais pela primeira vez em dois meses, reagindo a rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, possivelmente facilitando o esforço do governo para colocar a economia nos eixos.
O mercado reagia positivamente aos boatos, mas operadores entendem que essa está longe de ser a solução definitiva para os problemas brasileiros. Muitos afirmaram que o viés de queda da moeda norte-americana nesta sessão era acentuado pelo baixo volume de negócios e, nesse sentido, não deve se estender por muito tempo.
Às 12:21, o dólar recuava 1,84 por cento, a 3,7218 reais na venda. A moeda dos Estados Unidos atingiu 3,7057 reais na mínima do dia, menor cotação no intradia desde 2 de setembro (3,6953 reais). O dólar futuro, que havia reagindo com força a esses rumores após o fechamento do mercado à vista na véspera, caía cerca de 0,7 por cento.
Segundo notícias veiculadas na imprensa nesta manhã, Meirelles teria começado a discutir cenários com líderes governistas e estariam crescendo as pressões sobre a presidente Dilma Rousseff para ela aceitar a troca.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, Levy teria "prazo de validade" no cargo, onde deve ficar até o final do ano, no máximo início de 2016, e crescem as pressões sobre a presidente Dilma Rousseff para escolher Meirelles para substituí-lo.
"Nada garante que isto materializará o ajuste fiscal necessário. Neste contexto, a reação positiva dos mercados pode durar pouco. No entanto, se os novos nomes conseguirem melhorar o apoio político da equipe econômica, poderemos ver algum ponto de inflexão nos mercados locais", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.
Meirelles comandou o BC durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva e adotou política monetária considerada mais ortodoxa, o que costuma agradar aos mercados financeiros. Além disso, investidores consideram que ele teria mais facilidade para dialogar com o Congresso em um momento de intensos atritos entre o Executivo e o Legislativo.
Operadores ressaltavam que a perspectiva para o Brasil continua bastante difícil e a mudança na equipe econômica, no melhor dos casos, apenas atenuaria esse quadro. Segundo eles, o movimento no mercado local era exagerado pelo baixo volume de negócios, reflexo das profundas incertezas no Brasil.
"A questão do mercado como um todo é a falta de liquidez... O investidor estrangeiro entra vendendo dólar e acaba que o investidor local, já machucado, segue o embalo", disse o especialista de câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
O BC deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro. Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 4,141 bilhões de dólares, ou cerca de 38 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava abaixo de 3,75 reais nesta quarta-feira e atingiu o menor nível em mais de um mês, reagindo a rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, possivelmente facilitando o esforço do governo para reequilibrar as contas públicas.
O mercado reagia positivamente aos boatos, mas operadores entendem que essa está longe de ser a solução definitiva para os problemas brasileiros. Muitos afirmaram que o viés de queda da moeda norte-americana nesta sessão era acentuado pelo baixo volume de negócios e, nesse sentido, não deve se estender por muito tempo.
Às 10:22, o dólar recuava 1,46 por cento, a 3,7360 reais na venda. A moeda dos Estados Unidos atingiu 3,7266 reais na mínima do dia, menor cotação no intradia desde 9 de outubro (3,7213 reais). O dólar futuro, que havia reagindo com força a esses rumores após o fechamento do mercado à vista na véspera, caía apenas 0,3 por cento.
Segundo notícias veiculadas na imprensa nesta manhã, Meirelles teria começado a discutir cenários com líderes governistas e estariam crescendo as pressões sobre a presidente Dilma Rousseff para ela aceitar a troca.
Reportagem do jornal Valor Econômico diz que Meirelles, caso assumisse a Fazenda, gostaria de indicar toda a equipe econômica, incluindo o presidente do BC e o ministro do Planejamento.
"Nada garante que isto materializará o ajuste fiscal necessário. Neste contexto, a reação positiva dos mercados pode durar pouco. No entanto, se os novos nomes conseguirem melhorar o apoio político da equipe econômica, poderemos ver algum ponto de inflexão nos mercados locais", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.
Meirelles comandou o BC durante os dois mandatos de Lula e perseguiu uma política monetária considerada mais ortodoxa, o que costuma agradar aos mercados financeiros. Além disso, investidores consideram que ele teria mais facilidade para dialogar com o Congresso em um momento de intensos atritos entre o Executivo e o Legislativo.
No entanto, operadores ressaltavam que a perspectiva para o Brasil continua bastante difícil e a mudança na equipe econômica, no melhor dos casos, apenas atenuaria esse quadro. Segundo eles, o movimento no mercado local era exagerado pelo baixo volume de negócios, reflexo das profundas incertezas no Brasil.
"A questão do mercado como um todo é a falta de liquidez... O investidor estrangeiro entra vendendo dólar e acaba que o investidor local, já machucado, segue o embalo", disse o especialista de câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
(Por Bruno Federowski)
O dólar recuava mais de 1%, indo abaixo de R$ 3,75, no início dos negócios desta quarta-feira, com o mercado reagindo a rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderá substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.
Às 9h10, a moeda norte-americana caía 1,25%, a R$ 3,7439.
Na véspera, o dólar caiu 0,22%, a R$ 3, 7915. Na semana, o dólar acumula alta de 0,77% e no mês, queda de 1,85%. No ano, a moeda tem valorização de 42,61%.
Leia a notícia na íntegra no site G1.
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