Numa economia em recessão, o agronegócio brasileiro vai ganhar participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2015, ampliando sua fatia para 23 por cento do total, ante 21,4 por cento em 2014, estimou nesta quinta-feira a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Isso ocorrerá com todos os setores da economia (indústria, serviços e comércio) apresentando uma queda no desempenho ante o ano passado, enquanto o agronegócio ficará praticamente "estável" ou cairá "menos".
"Apesar desse cenário um pouco adverso, o PIB do agronegócio aumentou a participação no PIB brasileiro... mostrando que o setor tem contribuído para manter a economia, amenizar os estragos da economia brasileira", disse o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, durante apresentação em Brasília.
O chamado "PIB do agronegócio" mede a geração de riquezas em todas as cadeias do setor agropecuário, desde a produção de insumos até as indústrias de alimentos, passando pela produção nas fazendas.
"Fazendo a segmentação do PIB do agronegócio, a gente observa que o setor que vai mais crescer dentro do agronegócio é o setor de insumos. Principalmente em função do câmbio", apontou ele.
Segundo Lucchi, os segmentos de defensivos e fertilizantes, que trabalham com matéria-prima importada em sua maioria, tiveram "um incremento muito grande na receita" em função basicamente da alta do dólar ante o real.
"Dentro da porteira (na atividade agrícola), a gente espera um crescimento mínimo...", completou.
(Por César Raizer)
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