Câmbio sustentou a atratividade das exportações do agronegócio no 1º tri

O faturamento das exportações brasileiras do agronegócio aumentou 9% em real no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013

O faturamento das exportações brasileiras do agronegócio aumentou 9% em real no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com cálculos divulgados ontem pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Cepea/Esalq).

Conforme o Cepea, o resultado decorre da combinação entre uma desvalorização cambial de 11% e um aumento pouco superior a 2% do volume embarcado no intervalo. Em dólar, o faturamento das exportações do setor diminuiu 1,4% na comparação, já que, em média, os preços em moeda americana caíram 4,8%.


"Da combinação entre valorização do real e queda dos preços internacionais em dólar resultou a elevação de 6% do índice de atratividade das vendas externas (IAT-Agro/Cepea)", aponta o trabalho liderado por Geraldo SantAna de Camargo Barros, professor titular da Esalq e coordenador do Cepea, e também assinado pela pesquisadora Andréia Cristina de Oliveira Adami e pela estagiária Nicole Ferro Zandoná.

No primeiro trimestre deste ano, aponta a análise, "destacaram-se pelo crescimento de volume embarcado a soja em grão, carne bovina, óleo de soja, café, farelo de soja, madeira e celulose. Em termos de preços, apresentaram ganhos apenas frutas e farelo de soja. Com a forte desvalorização da moeda nacional observada nesse início de ano, a maioria dos setores conseguiu manter atratividade positiva, com exceção das carnes de aves, açúcar, óleo de soja, café e milho".

No caso da soja, mais uma vez o aumento dos volumes embarcados foi puxado pela China, cujas compras se mantiveram aquecidas também em abril. Conforme dados divulgados ontem pela Administração Geral de Alfândega do país asiático e relatados pela agência Reuters, as importações chinesas de soja em grão brasileira somaram 4,99 milhões de toneladas entre janeiro a abril deste ano, 83% mais que no mesmo período de 2013.

No total, as importações chinesas da commodity somaram 21,85 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2014, um aumento de 41,3%. A principal origem foi o mercado americano, de onde a China comprou 16,3 milhões de toneladas no intervalo. Mas a tendência é que o Brasil ganhe espaço nos meses de maio, junho e julho.

Fonte

CNA-SENAR

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