O chefe da diplomacia russa referia-se aos objetivos definidos pelo presidente russo Vladimir Putin e pela presidente Dilma Rousseff durante uma reunião no Kremlin em dezembro do ano passado. As trocas comerciais entre 2005 e 2008 subiram, um crescimento que diminuiu com a crise, mas tornou a aumentar em 2011.
O ministro russo destacou o nível de colaboração entre os dois países em matérias como defesa, ciência, desporto e espaço. Ele informou que a
Rússia e o Brasil assinaram uma declaração em que se comprometem "a não ser os primeiros a lançar armamento para o espaço".
Os ministros abordaram também o polêmico programa nuclear iraniano e o conflito na Síria. Lavrov destacou a contribuição do Brasil "na busca de caminhos para reduzir as tensões em torno dessa questão".
Figueiredo agradeceu a Lavrov pelo "seu papel na resolução do conflito sírio". Os ministros comentaram, também, o problema da espionagem americana, tema sensível para o Brasil que reagiu com indignação às notícias de que Washington teria feito escutas nos telefones e no correio eletrônico de Dilma Rousseff.
"A nossa tarefa é garantir a proteção dos direitos humanos fundamentais como o direito à intimidade", disse Figueiredo. O ministro russo, por sua vez, defendeu a aplicação de regras de "comportamento comum no ciberespaço" e recordou que Moscou propõe "aceitar obrigações de não interferir nas vidas privadas dos cidadãos".
Luiz Alberto Figueiredo exprimiu a sua satisfação pela decisão da Justiça russa de conceder a liberdade sob fiança à ativista brasileira do
Greenpeace Ana Paula Maciel, detida com mais 30 ecologistas na
Rússia.
"Estou muito contente com a coincidência de ter sabido da decisão do tribunal quando cheguei à
Rússia", destacou o ministro brasileiro, numa referência à medida acordada ontem pelo Tribunal de São Petersburgo sobre o caso do Arctic Sunrise, o barco do
Greenpeaceenvolvido em um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, no dia 19 de setembro de 2013.
FONTEAgência Brasil