O mercado de reposição de bovinos (animais novos e bois/vacas magros) está chamando a atenção da BM&FBovespa. Espera-se a maturidade do segmento, com presença de mais compradores e vendedores, para que seja possível o lançamento de contratos futuros do produto, nos mesmos moldes do que já existe para o boi gordo, avalia a gerente de Desenvolvimento de Clientes e Mercados da bolsa, Fabiana Perobelli.
Segundo ela, "a intenção é ampliar as ferramentas de negociação e proteção para o pecuarista. Precisamos de um mercado físico de reposição melhor para avançarmos em contratos futuros", disse. A falta de liquidez, inclusive, foi um dos fatores que levaram ao término dos contratos futuros de bezerros na BM&F, que foram negociados entre 2002 e 2005.
Essa maturidade, conforme Fabiana, está se consolidando nos futuros do boi gordo, que neste ano já apresenta volume de negociação maior do que o mesmo período de 2013. "Não sabemos ainda se bateremos o recorde de 2008, mas a tendência é de crescimento", declarou.
Além da maior consciência do produtor na utilização da ferramenta de negociação e proteção, a prudência do setor se mostrou na recente notícia de suspeita de um caso atípico de EEB (vaca louca) em um animal em Mato Grosso. "Assim que a notícia foi divulgada, ainda sem muitos detalhes, os contratos reagiram com venda. Mas quando mais informações circularam, como a idade do animal, por exemplo, os contratos voltaram a seguir os fundamentos atuais da pecuária", explicou.
Apesar dos sinais de amadurecimento, a gerente acredita que ainda há uma falta de informação dos benefícios dos instrumentos do mercado futuro, principalmente para quem não faz parte diretamente do setor.
Fabiana participou do evento do Rally da Pecuária com produtores e representantes do setor de ontem à noite em Presidente Prudente. Hoje, a Equipe 1 do rally, da qual a Agência Estado faz parte, encerra participação passando pelas cidades paulistas de Parapuã, Iacri, Rinópolis, Braúna, Penápolis, Barbosa, Jaci, José Bonifácio, Mirassol e São José do Rio Preto.
Fonte
Globo Rural