Amapá pode ser opção de escoamento da safra de Mato Grosso

Rota poderia reduzir em 30% os custos de frete dos produtores mato-grossenses

por Estadão Conteúdo
Rodrigo Vargas
Mais de 70% da produção de grãos de Mato Grosso é escoada via portos do Sul e Sudeste, como o de Santos, o que eleva os custos com o frete

Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) ouviu de representantes do governo do Amapá e da Companhia Docas de Santana que o terminal portuário localizado a cerca de 1,9 mil km ao norte de Cuiabá (MT) pode ser uma alternativa de escoamento para a produção degrãos do Estado. Segundo dados apresentados no encontro desta segunda-feira (7/10), a rota reduziria em 30% os custos de frete para os produtores de Mato Grosso

A Famato observa que atualmente cerca de 70% da produção de Mato Grosso é exportada via portos do Sul e Sudeste, como Santos (SP), Paranaguá (PR) e Vitória. Com a viabilização dos portos da Região Norte, incluindo Santana, seria possível transferir até 50% da carga exportada, conforme estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Famato. 

Porto de Santana está na margem do Rio Amazonas, no canal de Santana, a 18 km da capital Macapá. A localização geográfica do terminal permite conexão com portos do Caribe, Canal do Panamá, América do Norte, União Europeia e Ásia. Para os produtos mato-grossenses chegarem até este porto é necessária uma viagem rodoviária até o terminal de cargas de Miritituba (PA), seguindo por meio de barcaças até Santana. 

O diretor-presidente da Companhia Docas de Santana, Edival Tork, esclareceu que atualmente o terminal não escoa grãos. Os principais produtos exportados são minérios e madeira. O porto deve receber investimentos de R$ 135 milhões para construção de um segundo cais e novos pátios para armazenagem de grãos. "Estamos trabalhando para que em um prazo de um ano e meio a dois anos possamos receber um volume maior de cargas, incluindo os grãos de Mato Grosso", disse Tork. 

O diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, explica que o terminal é mais uma via a ser explorada. "Precisamos mudar parte do fluxo de exportação dos portos do Sul e Sudeste para o Norte. Santana aparece como uma boa alternativa, porém sabemos que somente este terminal não teria capacidade de resolver o problema de escoamento. É necessário que se viabilizem outros, como os portos de Santarém e Vila do Conde (PA)", afirmou. 

O executivo comenta, ainda, que o escoamento de grãos via portos do Norte pode se tornar uma realidade no prazo de cerca de três anos, mas isso depende de investimentos. "É preciso que as obras da BR-163 até Santarém terminem até o final de 2014, e os portos do Norte recebam investimentos para se estruturar e atender a demanda de Mato Grosso." 

Rota poderia reduzir em 30% os custos de frete dos produtores mato-grossenses

por Estadão Conteúdo
Rodrigo Vargas
Mais de 70% da produção de grãos de Mato Grosso é escoada via portos do Sul e Sudeste, como o de Santos, o que eleva os custos com o frete

Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) ouviu de representantes do governo do Amapá e da Companhia Docas de Santana que o terminal portuário localizado a cerca de 1,9 mil km ao norte de Cuiabá (MT) pode ser uma alternativa de escoamento para a produção degrãos do Estado. Segundo dados apresentados no encontro desta segunda-feira (7/10), a rota reduziria em 30% os custos de frete para os produtores de Mato Grosso

A Famato observa que atualmente cerca de 70% da produção de Mato Grosso é exportada via portos do Sul e Sudeste, como Santos (SP), Paranaguá (PR) e Vitória. Com a viabilização dos portos da Região Norte, incluindo Santana, seria possível transferir até 50% da carga exportada, conforme estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Famato. 

Porto de Santana está na margem do Rio Amazonas, no canal de Santana, a 18 km da capital Macapá. A localização geográfica do terminal permite conexão com portos do Caribe, Canal do Panamá, América do Norte, União Europeia e Ásia. Para os produtos mato-grossenses chegarem até este porto é necessária uma viagem rodoviária até o terminal de cargas de Miritituba (PA), seguindo por meio de barcaças até Santana. 

O diretor-presidente da Companhia Docas de Santana, Edival Tork, esclareceu que atualmente o terminal não escoa grãos. Os principais produtos exportados são minérios e madeira. O porto deve receber investimentos de R$ 135 milhões para construção de um segundo cais e novos pátios para armazenagem de grãos. "Estamos trabalhando para que em um prazo de um ano e meio a dois anos possamos receber um volume maior de cargas, incluindo os grãos de Mato Grosso", disse Tork. 

O diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, explica que o terminal é mais uma via a ser explorada. "Precisamos mudar parte do fluxo de exportação dos portos do Sul e Sudeste para o Norte. Santana aparece como uma boa alternativa, porém sabemos que somente este terminal não teria capacidade de resolver o problema de escoamento. É necessário que se viabilizem outros, como os portos de Santarém e Vila do Conde (PA)", afirmou. 

O executivo comenta, ainda, que o escoamento de grãos via portos do Norte pode se tornar uma realidade no prazo de cerca de três anos, mas isso depende de investimentos. "É preciso que as obras da BR-163 até Santarém terminem até o final de 2014, e os portos do Norte recebam investimentos para se estruturar e atender a demanda de Mato Grosso." 

Fonte

Revista Globo Rural

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