AGRONEGÓCIO TEM PARTICIPAÇÃO RECORDE DE 51,5% NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS EM MAIO

“Na composição do superávit obtido na balança comercial do Brasil no mês, que foi de US$ 2,76 bilhões, o setor agropecuário contribuiu com US$ 7,61 bilhões de saldo positivo, enquanto os demais setores da economia apresentaram mais de US$ 4,85 bilhões de déficit. Ou seja, o agronegócio foi o responsável pelo superávit da balança comercial brasileira”, afirmou a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo.

Os setores que mais contribuíram para a retração nas exportações foram: complexo soja (menos US$ 384,59 milhões); carnes (menos US$ 300,47 milhões) e produtos florestais (menos US$ 127,81 milhões). Já os setores de sucos e bebidas foram os que amenizaram a redução, com crescimento de US$ 37,8 milhões e US$ 11,79 milhões, respectivamente.

Destaques

Mesmo com a retração, o complexo soja foi o principal setor em termos de valor exportado. Suas exportações apresentaram crescimento de 20,9% em quantidade em relação a maio do ano passado. “Em maio de 2015, houve queda, em valor, nas exportações do agronegócio, porém, em quantidade, a queda foi menor em alguns produtos. A soja em grão, por sua vez, apresentou aumento significativo, registrando o montante recorde de 9,34 milhões de toneladas. O produto foi destaque não apenas na balança do agronegócio, mas também na balança como um todo”, assinalou a secretária.

Na segunda posição no ranking de exportação está o setor de carnes, com US$ 1,2 bilhão. As vendas de carnes de frango foram responsáveis por 48,1% desse montante, somando US$ 574,92 milhões. O segundo produto do setor foi a carne bovina, com exportações de US$ 453,42 milhões. Ainda que com menor participação em valor exportado, o desempenho da carne suína merece destaque, com crescimento de 17,9% na quantidade embarcada em relação ao mesmo período no ano passado.

Os produtos florestais ficaram na terceira posição, com embarques de US$ 773,53 milhões em maio deste ano. No setor, o papel e celulose alcançaram o montante de US$ 540,70 milhões.

Na quarta posição está o complexo sucroalcooleiro, que somou US$ 664,5 milhões mês passado. O valor apresentou queda de 3%, devido à retração nas exportações de álcool (de US$ 98,67 milhões para US$ 46,61 milhões). Já o açúcar apresentou crescimento tanto em valor (de US$ 585,77 milhões em maio de 2014 para US$ 617,25 milhões em maio de 2015) quanto em quantidade embarcada (de 1,47 milhão para 1,83 milhão de toneladas).

Em quinto está o café, que somou US$ 483,86 milhões. As vendas externas do grão foram 13,7% inferiores, em função da retração na quantidade (161,56 para 157,83 mil toneladas) e do preço médio (US$ 3.118 para US$ 2.753 por tonelada). Já o café solúvel apresentou crescimento de 1,6% em valor, em decorrência da ampliação do preço.

Em conjunto, os cinco setores destacados somaram US$ 7,46 bilhões e foram responsáveis por 86,3% das vendas externas do agronegócio brasileiro.

12 meses

Entre junho de 2014 e maio de 2015, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 91,38 bilhões, o que significou decréscimo de 7,8% em comparação aos US$ 99,08 bilhões comercializados nos doze meses anteriores.

Nas importações, a queda foi de 9,6%, somando US$ 15,50 bilhões no período. Dessa forma, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro foi superavitário em US$ 75,89 bilhões (-7,4%).

Clique aqui para acessar a nota da balança comercial completa.

Pesquisador da FGV diz que “existe vida após o ajuste”

O ajuste fiscal é uma fase de transição e, para superá-lo, o Brasil vai precisar de uma agenda positiva em que a iniciativa privada terá um papel maior, disse ontem (08/06/15) o diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Langoni.

“Existe vida após o ajuste. O Brasil vai sobreviver, ultrapassar essa fase de transição. E o grande desafio é como retomar os investimentos, porque sem isso não há crescimento”, afirmou Langoni, ao participar do seminário Brasil: Perfil de Competitividade, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Ele defendeu uma economia que estimule mais investimento privado. “A crise está empurrando o Brasil para um caminho de eficiência, baseado não no governo, mas no setor privado.”

Ele defendeu a adoção de concessões para atrair o investimento privado, e comparou-as às privatizações. “A concessão é uma privatização envergonhada. Uma concessão de 25 anos, renovável por mais 25, é uma privatização”.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio, Carlos Mariani, destacou dificuldades da indústria e pediu a desoneração da produção, com redução da carga tributária e da burocracia. Mariani defendeu também a regulamentação das terceirizações e disse que a medida vai resolver o problema da insegurança jurídica.

O projeto de lei que prevê a regulamentação das terceirizações, inclusive na atividade-fim das empresas, sofre forte oposição de sindicatos, que veem precarização das relações de trabalho com a medida.

Fernando Blumenschein, economista da FGV, apresentou um estudo sobre a competitividade. Segundo ele, a pesquisa mostra acentuadas disparidades na entre as microrregiões brasileiras e também entre setores da economia.

Apesar disso, quando são analisados todos os setores e dimensões da competitividade de cada microrregião, é possível identificar pontos fortes que podem nortear políticas públicas, disse Blumenschein.

FONTE

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Assessoria de Comunicação Social do MAPA
Rayane Fernandes – Jornalista
Telefone: (61) 3218-2205

Agência Brasil
Vinícius Lisboa – Repórter
Beto Coura – Edição

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