A assinatura do contrato para início das obras de construção do Projeto Jequitaí foi recebido pela classe agronômica mineira como um marco histórico no desenvolvimento da agropecuária de Minas Gerais, principalmente para o norte de Minas, onde, segundo o vice-presidente da Sociedade Mineira dos Engenheiros Agrônomos – Smea, Fernando Britto, pela má distribuição das chuvas, somente se consegue produzir de forma competitiva quando se utiliza a tecnologia da irrigação. Britto diz que, a exemplo dos Perímetros de Irrigação Pirapora, Gorutuba, Lagoa Grande e Jaíba, o Jequitaí será mais um dos grandes empreendimentos que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf, implantará na região do vale do São Francisco em Minas.

A um custo de R$ 59,9 milhões, devendo estar concluída dentro dos próximos 18 meses, a barragem de Jequitaí I é um dos componentes do Projeto Hidroagrícola de Jequitaí, idealizado pela Codevasf há quase quatro décadas, que irá possibilitar a melhoria da produtividade e a inclusão de mais de 35 mil hectares irrigados ao processo produtivo regional, área que permitirá a produção de mais de 350 mil toneladas anuais, gerando em torno de 100 mil empregos diretos e indiretos.

O Projeto Jequitaí de acordo com projeto elaborado pela Codevasf, é composto de duas barragens, sendo uma para armazenar um volume estimado de 800 milhões de metros cúbicos e uma segunda para elevar a água dos canais que serão construídos nas encostas seguindo o vale do rio que dá nome ao projeto. O empreendimento é complementado com a implantação de infraestrutura de condução e distribuição de água, tornando possível a irrigação do vale do Jequitaí em uma extensão compreendida entre os barramentos até o encontro do rio com o São Francisco.

O dirigente da Smea, Fernando Britto, que também ocupa o cargo de chefe de gabinete da Codevasf em Minas Gerais, diz ainda que embora o Projeto Hidroagrícola de Jequitaí seja fruto de estudos desenvolvidos ao longo de vários anos, somente em outubro de 2011 ações mais efetivas tiveram início na área de interesse, quando a Codevasf, através de termo de compromisso, repassou cerca de R$ 95 milhões à Ruralminas, para desenvolver os trabalhos de regularização ambiental, incluindo-se aí o cumprimento de condicionantes para os licenciamentos e, ainda, ações fundiárias, envolvendo aquisição das áreas que serão inundadas pelo lago e a realocação da população atingida. A

o finalizar suas considerações à respeito da, agora irreversível, implantação do Projeto Jequitaí, o engenheiro agrônomo Fernando Britto, fez questão de enfatizar que somente hoje, com a criação do Programa Mais Irrigação pela presidente Dilma Rousseff, é que foi possível o Governo Federal direcionar recursos para este empreendimento, cujo projeto executivo só agora, depois de muitos anos, recebeu do Governo Federal os recursos necessários para sair das prateleiras da Codevasf. Na opinião do vice- presidente da Smea, o estado de Minas, terceiro mais rico da federação, se coloca em posição de destaque no agronegócio nacional, tendo contribuído, no último ano, com 13,4% na formação do PIB brasileiro do setor. Minas contribui significativamente para que a safra brasileira de grãos bata recordes ano após ano, devendo atingir um volume de 185 milhões de toneladas em 2012/13, segundo o quinto levantamento divulgado pela Conab no ultimo dia 07. Isso tudo faz com que o estado venha sendo contemplado com programas estruturantes para o fortalecimento da infraestrutura produtiva. E essa parceria dos governos Federal e Estadual é prova disso, afirma o dirigente classista.

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