Receituário Agronômico e Responsabilidade Técnica é tema de Seminário Nacional

Profissionais de todo o país discutiram sobre a responsabilidade na emissão do receituário

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Foi realizado, nos dias 14 e 15 de outubro de 2014, o Seminário Nacional de Receituário Agronômico e Responsabilidade Técnica, com o objetivo de "resgatar para as mãos do responsável técnico o receituário agronômico", conforme explicou o  presidente da Smea, engenheiro agrônomo Emílio Mouchrek. O evento ocorreu na sede do Crea-Minas e contou com a presença de profissionais e lideres de diversos estados do Brasil.

Guias assinadas - A situação atual do uso do receituário agronômico no Brasil foi o assunto trazido pelo gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, engenheiro agrônomo Nataniel Diniz Nogueira. Ele apontou que há uma grande diferença entre o que está previsto na lei e na ética e o que realmente acontece.Segundo Nataniel, muitas pessoas com acesso ao receituário deixam guias já assinadas nos estabelecimentos de vendas de produtos, o que banaliza sua utilização. “O que deveria acontecer é o acompanhamento do responsável técnico desde a emissão do receituário, até a aplicação do produto”, frisou.

Formação - Discutindo sobre  a formação superior e habilitação profissional, os engenheiros agrônomos Fernando Juliatti e João Sebastião de Paula Araújo, defenderam o aperfeiçoamento e novas diretrizes nas grades curriculares de ensino para não haver banalização do receituário, salientando a sua importância dentro e fora das universidades. Para o engenheiro agrônomo Daniel Antônio Salatti Marcondes, conselheiro federal, é urgente discutir a autonomia das instituições de ensino em relação à definição dos currículos e como isso afeta a engenharia. O conselheiro acredita que esse movimento é necessário para que o Brasil continue sendo um grande produtor de alimentos.

Fiscalização - Representantes da Confeab, Emater, Ruralter-ES e Creas do Mato Grosso e Minas Gerais, debateram com o público sobre a fiscalização do receituário agronômico feita pelos Creas. A eficiência das fiscalizações foi questionada e foram apontados problemas e soluções para contribuir para que o uso do receituário seja feito de forma devida. “As discussões e resultados aqui gerados serão levados para as câmaras [especializadas] de agronomia, onde serão feitos alguns procedimentos de unificação da fiscalização”, explicou a segunda secretária da Confaeab, engenheira agrônoma Maria Helena Araújo, que relatou o debate.

Ética - A postura ética na emissão da receita agronômica também foi tema de discussão. “O  papel do engenheiro agrônomo é trabalhar economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. Esse é o fundamento básico da nossa profissão”, frisou o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Amazonas e vice-presidente da regional norte da Confaeab, engenheiro agrônomo Antônio Joaquim Oliveira. E para ele, a má utilização do receituário se deve a um conjunto de fatores que passam pelo comportamento do profissional, pela fiscalização e pela utilização do produto pelo contratante.

O engenheiro agrônomo Bernardo Martins Scarpelli completa que os profissionais precisam conhecer a legislação da área como um todo para saber suas responsabilidades. “O profisisonal deve saber e reafirmar seu papel como engenheiro agrônomo na sociedade e saber das suas responsabilidades ambientais”, reforçou.

Fotos do Seminário Nacional de Receituário Agronômico e Responsabil...

Fonte

CREA-MG

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