Produtores querem expandir o mercado do Queijo Canastra

Tombado como Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro, o Queijo Canastra completa em abril de 2014 dois anos de certificação com indicação geográfica (IG) na modalidade de procedência. Para valorizar ainda mais o queijo produzido na Serra da Canastra, o Sebrae Minaspromove uma série de ações para aumentar o valor agregado do produto e ampliar o mercado. Nos dias 25 e 26 de março, donos de restaurantes, lanchonetes e lojas de produtos artesanais de Belo Horizonte vão participar de uma visita técnica para conhecer o processo produtivo do queijo e negociar com os produtores da região.

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Os compradores vão conhecer a produção e degustar os queijos feitos por cerca de 20 produtores apoiados pelo Sebrae Minas. O objetivo da iniciativa é criar um diferencial de mercado para o produto e aumentar a comercialização em Minas Gerais. "Queremos que o queijo canastra seja reconhecido como um produto especial, com sua identidade e origem protegidas e deixe de ser comercializado como commodity", afirma o analista da Unidade de Agronegócios do Sebrae Minas, Ricardo Boscaro. 

As ações do Sebrae Minas começaram em 2013. Os produtores foram orientados obre a importância do trabalho em grupo, o fortalecimento da associação dos produtores, a revisão do regulamento de uso da Indicação de Procedência e a análise do mercado. Um diagnóstico está sendo feito sobre a produção, distribuição e mercado do queijo produzido na região. A apresentação do estudo está prevista para o início de abril. Esse levantamento irá nortear outras ações do Sebrae para expansão de mercado e melhoria na gestão dos negócios.

Procedência

A produção do queijo nas propriedades rurais é toda artesanal. A altitude e o clima são determinantes para as características do produto e contribuem para definir o terroir, a exemplo dos melhores queijos franceses e italianos. Aliás, esses são alguns dos requisitos para a denominação do Queijo Canastra, de acordo com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). 

Para colocar em prática esses critérios, o Sebrae Minas também está trabalhando em parceria com os produtores. A ideia é estruturar e capacitar o conselho regulador para fiscalizar a produção, regulamentação do produto e registro de controle, que futuramente, será feito por meio de um selo de procedência.

Com a Indicação de Procedência (IP), registro concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, a região que abrange as cidades de São Roque de Minas, Medeiros, Vargem Bonita, Tapiraí, Bambui, Delfinópolis e Pium-í, passou a ser reconhecida como a única produtora de queijo canastra do país.

A região concentra hoje cerca de mil pequenos produtores que, juntos, fazem por ano mais de 4 mil toneladas do produto. Para produzir um quilo de Queijo Canastra são necessários de 10 a 12 litros de leite, coalho e fermento lácteo natural, tirado do próprio soro. Após ser produzido, o queijo é colocado no processo de maturação por, no mínimo, 22 dias, para o queijo "curar", melhorando a qualidade e agregando valor ao produto. 

FONTE

Sebrae Minas

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