Tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores de Campinas (SP).
Nova geração do equipamento aproveita quase 100% da energia absorvida.

Em Campinas, no interior de São Paulo, pesquisadores desenvolveram a terceira geração de placas que transformam a luz do sol em eletricidade. Basta uma borrifada em uma superfície plástica para tornar a energia solar em elétrica. Através de um spray e até de impressoras gráficas, é possível criar células solares em qualquer superfície. Com um fio, a placa pode ser ligada a qualquer equipamento eletrônico. A tecnologia foi desenvolvida pelo pesquisador Fernando Ely, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que fica em Campinas (SP). Ele contou com a ajuda de 23 institutos de pesquisa.

A tinta é formada pela mistura de minúsculos cristais com semicondutores que, juntos, absorvem a luz e geram a corrente elétrica. “A vantagem disso é que você pode utilizá-las em janelas, em fachadas de prédios, em paredes internas de edifícios ou de residências. E ela pode ser colorida. Então, além de gerar energia, ela pode ter um aspecto de decoração”, conta Fernando Ely, que é o coordenador do projeto.

A ferramenta é algo bem diferente quando comparado às placas solares que conhecemos. A primeira geração delas usa um material pesado, de alto custo e que transforma em eletricidade somente 29% da energia solar que absorve. A placa de segunda geração é mais leve e flexível que a primeira, mas é feita de metais tóxicos e escassos na natureza. Mas, graças a nanotecnologia, a terceira geração tem um potencial de aproveitamento de quase 100% da energia solar absorvida, sem agredir o meio ambiente. “Ela é mais eficiente porque ela consegue coletar mais energia do sol. Consegue produzir painéis mais baratos, leves e que você tem um custo de instalação muito inferior comparado com as de primeira e segunda geração”, complementa Ely.

No ano passado, a Aneel publicou uma resolução que ainda precisa ser detalhada. A regra vai permitir interligar os painéis de energia solar à rede elétrica. A técnica torna possível ao consumidor fornecer o excedente de energia à concessionária em troca de uma conta mais barata no fim do mês. Esse é o primeiro passo para popularizar a energia solar, mas, para isso, é preciso criar painéis com melhor custo, melhor eficiência e que não poluam o meio ambiente. Esse é o principal foco dos cientistas que desenvolvem a terceira geração da energia solar. “Os nossos painéis ainda tem dimensões pequenas e, para aumentar a escala, a gente precisa de uma parceria com uma empresa que esteja interessada em colaborar com esse desenvolvimento e, futuramente, comercializar o produto”, explica mais uma vez Fernando Ely, responsável pela nova tecnologia.

Fonte

G1

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