Em 2013 surgiu uma ferramenta digital que, instalada em tablets, permite aos técnicos e produtores do campo o registro fiel de todas as ocorrências que podem influenciar na proliferação de pragas, resultando em controle de alto nível, produtividade e, principalmente, economia de até 15% nos gastos com pesticidas. A Strider, tecnologia genuinamente brasileira que, depois de excelentes resultados aqui, ganha projeção internacional com implementação expressiva nos Estados Unidos.


Com 143 clientes e monitoramento de 759.174 hectares em fazendas espalhadas de norte a sul do Brasil, a Strider inicia pelo estado do Texas a expansão de operações fora do país. E a escolha não foi aleatória. De acordo com a consultoria Phillips McDougall, os norte-americanos ocupam a segunda posição no ranking dos 10 países que mais utilizam agrotóxicos no mundo, com gastos na ordem de US$ 7,3 bilhões em 2013. Perdem apenas para o Brasil, com US$ 10 bilhões. Além disso, a área é forte na produção de algodão, uma das culturas que precisam de muitos cuidados.

A entrada num dos segmentos mais tradicionais, no entanto, não foi fácil. Mesmo com um produto de qualidade e profundo conhecimento, era preciso convencer os locais. “Não tínhamos contatos lá. Fiz algumas conexões pela internet. O primeiro retorno positivo veio de um representante da Texas Agrilife. Ele disse que se um estranho estava viajando milhares de quilômetros para falar de um produto desconhecido, mas do universo dele, merecia uma chance”, lembra Ed Siatti, VP of Sales da Strider.

Depois das primeiras demonstrações, o interesse cresceu e a plataforma ganhou força. Em apenas 10 meses a operação já soma 200 fazendas utilizando o sistema. “O software é muito útil para nossos clientes. Eles sabem exatamente onde estão os problemas e podem agir prontamente”, testemunha Ross Roberts, presidente da Diversity Irrigation. “O que eu gosto são as funcionalidades que geram informações bem detalhadas em tempo real”, diz o consultor Kym Orrock. “Estamos falando de uma tecnologia fácil de usar e que ajuda a substituir a papelada”, completa Blayne Reed agente de campo da Texas Agrilife.

Esta rede positiva de relacionamentos só deu certo, porém, devido a uma das principais diferenças entre o mercado brasileiro e o americano. “Lá os produtores têm um senso verdadeiro de comunidade e não enxergam outros agricultores como concorrentes, repassando estas informações com facilidade. É comum, aliás, que um ajude o outro em tempos difíceis, finalizando a colheita de um vizinho que morreu, por exemplo”, retoma Siatti.

Para a safra 2016, as perspectivas são ainda melhores. A Strider está confirmada em evento organizado pela Texas Pest Management Association, onde terá contato com centenas de produtores preocupados, justamente, com as melhores práticas para o controle de pragas e aplicação de pesticidas com o menor custo. “Grandes oportunidades podem surgir daí. Em outra ocasião, na John Deere, fomos convidados para atuar como parceiros de desenvolvimento de software. Das 69 empresas presentes, sendo 63 americanas, éramos a única da América Latina. Temos conseguido atenção e espaço incomum para uma startup fora do Vale do Silício, o que significa muito para nós”, finaliza o VP of Sales.

O sistema chega em um momento em que a agricultura de todos os lugares do globo pede sérias transformações. Pelos problemas de contaminação dos rios, solos e alimentos que criam um ciclo de impacto que já atingiu os maiores picos de alerta, comprometendo presente e futuro. A ferramenta perfeita nas mãos da nova geração à frente dos negócios, informada, conectada e preocupada com o desenvolvimento sustentável.

FONTE

KB Assessoria em Comunicação

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